Olá leitores!!
Como passaram a semana?
Mais uma sexta-feira chegou e estou de volta com a continuação da nossa viagem por Mendoza, Argentina.
Se você está chegando agora, veja o começo da nossa jornada aqui.
Mandem suas dúvidas e comentários que ficaremos felizes em responder!
Tenham um ótimo fim de semana e vamos à seqüência da nossa programação.
Melissa Tempesta Bigarella
FAÇA RESERVAS COM ANTECEDÊNCIA
Aproximadamente um mês antes da nossa viagem, entrei em contato com a recepção do hotel solicitando a indicação de uma agência que pudesse nos indicar um motorista e fazer as reservas, e me foi informado que a própria recepção tinha a agência e que eu não precisaria me preocupar em fazer as reservas com antecedência, pois era possível fazer quando chegássemos.
Apesar de já ter feito um roteiro (quem me conhece sabe que sou super organizada e gosto de planejar tudo antes. É uma maneira de me organizar para visitar os lugares que considero interessantes e também já começo a conhecer um pouco do lugar e cultura do nosso destino), resolvi seguir o conselho do hotel, até mesmo por falta de tempo hábil para finalizar as reservas.
Combinamos que o motorista nos pegaria no sábado às 10h no hotel. Quando chegamos a Mendoza, estávamos exaustos, tomamos um banho e dormimos, sem jantar mesmo.
Ah, nosso quarto ficava no décimo andar, tinha uma vista muito bacana da Cordilheira, era muito espaçoso, com uma sala enorme, com cozinha americana e separada do quarto. O quarto também tinha um bom espaço, com armário bom, o banheiro era espaçoso, mas, o que me incomoda muito, são acomodações mal cuidadas. Móveis mal conservados, com cara de velhos.
Adoro coisas antigas, mas bem cuidadas, e o hotel deixou muito a desejar.
Principalmente nas acomodações do café da manhã, quase todas as poltronas de tecido estavam rasgadas e com o assento ruim.
No dia seguinte, tomamos café cedo (um buffet simples, sem muitas opções, mas suficiente. E, para quem gosta de opções integrais, como eu gosto, foi bem tranquilo) e fomos até a recepção conferir nossas visitas agendadas.
Aí é que entra minha dica: FAÇA SUAS RESERVAS COM ANTECEDÊNCIA. Este é um conselho válido se você quiser conhecer bodegas e restaurantes específicos, claro. Sou o tipo de viajante que já vai com alguns passeios e restaurantes que eu “preciso” conhecer. Adoro conhecer novos restaurantes (outro dos meus hobbies) e Mendoza me surpreendeu com sua excelente opção de restaurantes deliciosos. Sem contar as bodegas - apesar de não ser expert no assunto, me agrada muito degustar bons vinhos.
Agora, se você é do tipo que qualquer diversão está valendo, não precisa levar as reservas tão a sério. Algumas bodegas, como a Catena Zapata, por exemplo, precisam de mais de dois meses para se conseguir uma vaga.
Justamente no fim de semana que estávamos lá, além de ser carnaval no Brasil (lotando ainda mais de turistas), começava a Vendimia, celebração mais antiga desse tipo na Argentina. É quando comemoram a colheita das uvas com uma festa super tradicional, lotando a cidade de rituais e turistas.
PROBLEMA NA RECEPÇÃO
Bom, resumindo: a recepção realmente tinha feito nossas reservas, mas apenas em UMA das bodegas que eu tinha pedido, na Família Zuccardi. Nas outras que pedi, eles disseram que estavam lotadas e nos sugeriram começar pela Trapiche e, em seguida, ir na La Rural (que eu tinha pedido também e conto o ocorrido mais adiante).
Para os outros dias também não conseguiram as reservas para as bodegas que pedi e sugeriram outras que definitivamente não gostamos. Mas volto a abordar esse assunto quando tratar especificamente de cada bodega.
Outro problema da recepção: solicitamos reserva no Restaurante de Francis Malmann (1884) e, ao chegar lá, nosso nome não estava na lista. Sorte, muita sorte, que conseguimos almoçar mesmo assim, pois valeu cada caloria e cada centavo.
Enfim, a “agência” da recepção é a maior furada!
O INÍCIOS DOS PASSEIOS
Mendoza é a terra do Sol e do Vinho, e é o local onde são elaborados os mais famosos vinhos argentinos.
Seu terroir, palavra que no jargão dos entusiastas do vinho define o solo, os climas e as práticas de cultura do vinho, é único e diferenciado, com solos de baixa fertilidade, noites frias de montanha e dias ensolarados e com baixa umidade. Mas esse é um assunto mais específico que poderemos abordar em outra oportunidade.
A grande maioria dos turistas elege Mendoza como destino para conhecer uma das quase 1.500 (sim, mil e quinhentas!) bodegas, provar seus famosos vinhos Malbec e trazer alguns exemplares para o Brasil, por um preço muito mais camarada do que os que estão à nossa disposição.
Mas Mendoza não é feita apenas de vinícolas. Descobrimos passeios lindíssimos que fogem desse objetivo, sem contar o número enorme de restaurantes apetitosos!
Mas, como não poderia deixar de ser, resolvemos começar nosso tour pelas bodegas e, no primeiro dia, optamos pela região de Maipu.
A cidade é dividida em regiões e cada uma delas abriga uma infinidade de vinícolas. Então é bom se programar e eleger uma região por dia (ou, se tiver poucos dias, a região que concentra a maior quantidade de produtores que deseja conhecer). As mais conhecidas são Maipu, Luján de Cuyo e Vale do Uco.
No primeiro dia, caía uma chuva torrencial, mas não atrapalhou nosso passeio. Inclusive, demos sorte que choveu apenas nesse dia e, nos outros, tivemos dias maravilhosos de sol e céu azul. Talvez tenhamos perdido a visita às plantações apenas, mas não acredito que seja algo muito negativo.
O Remis (motorista) nos aguardava com uma van imensa, só para mim e meu marido, e cobrou 1.100,00 pesos, o equivalente (na época da viagem) à R$ 407,00 (quatrocentos e sete reais) apenas para o transporte e para ficar nos aguardando. Achamos bem caro, mas como não tínhamos feito a reserva antes, tivemos que nos sujeitar ao valor cobrado.
DICA: outra vantagem de fazer reserva com antecedência, em especial para esse tipo de serviço (motorista), é que você paga um preço mais em conta, já que de última hora eles sabem que você aceita quase qualquer coisa, pois não quer perder o passeio.
Outra DICA que sempre aplico nas minhas viagens é procurar por aplicativos no IPhone (não conheço outros modelos para dizer como procurar) sobre a cidade que vamos visitar. No caso de Mendoza achei vários Apps e, não são excepcionais e completos, mas ajudam bastante. Como por exemplo o aplicativo “Caminos de Sabores – Rutas Gastronómicas de Mendoza”. Foi bem útil, pois ele sinalizava (é necessário ter sinal de internet e usávamos o wifi do hotel) a distância dos restaurantes a partir do ponto em que estávamos, ou seja, poderíamos escolher se queríamos ir: algum ali perto do hotel ou até mesmo procurar os mais distantes. Usamos bastante.
Outro que consultei um pouco foi o Ruta Mendoza, para saber mais sobre as vinícolas (algumas apenas) e também passeios diferentes. Nesse aplicativo temos uma sugestão de passeio a pé pela cidade, cavalgada, o tour pelas montanhas, enfim, algumas sugestões de passeios diferentes, que você pode procurar depois em alguma agência caso te agrade.
Bom, voltando ao primeiro dia, saímos do hotel e: opa, o que é esse buraco na calçada? Imagine um rasgo, rente ao “meio fio”, de aproximadamente 40cm de largura (o comprimento variava, mas devia ter pelo menos 1 metro). Um buraco aberto e, depois vinha uma árvore, depois uma pequena ponte pra você atravessar a rua. Se você precisar entrar em um carro estacionado, é necessário cruzar a pequena ponte e andar na ponta dos pés até conseguir abrir a porta. Pois é, estranho não?
Essas são as acéquias, canais abertos que correm ao longo de todas as ruas e calçadas. Esses compartimentos transportam as águas geradas pelo degelo das neves andinas, e também a água da chuva e da rega. Só assim para manter as árvores (Mendoza é uma cidade muito arborizada) vivas em um clima desértico de altitude.
Então, mais uma DICA: cuidado ao andar pelas calçadas da cidade. Fique atento e logo você se acostuma.
No próximo post, vou falar sobre as bodegas que visitamos. Até breve!
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