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sexta-feira, 28 de março de 2014

Diário de uma viajante: Mendoza - parte 3

Olá, leitores! Esta semana estou de volta para falar sobre as bodegas que visitamos
em Mendoza, na Argentina. Para quem não estava acompanhando as resenhas da minha viagem, pode ler as duas primeiras partes aqui e aqui.

Boa leitura!

Melissa Tempesta Bigarella


As primeiras Bodegas

Seguimos em direção à Trapiche, uma bodega tradicional fundada em 1883.

Quando você chega às vinícolas, sempre tem uma guarita em que você precisa dar o seu nome para confirmar a reserva. Em algumas (acredito que em todas as mais requisitadas), você não passa do portão se não tiver reserva prévia.

Eu e os trilhos da estação na Trapiche
O prédio da bodega é lindo! Talvez o mais bonito, dentre os visitados, em minha opinião. Um prédio antigo e bem restaurado (já falei que adoro coisas, sejam objetos ou prédios antigos, mas bem conservados, certo?!), enorme e que abriga, dentre outras coisas, um pequeno (bem pequeno) museu, parte da produção dos vinhos, as barricas e o local de degustação.

Essa foi a única bodega que tivemos que pagar pelo tour e degustação. Eram cinco tipos, sendo que a mais barata custava 50 pesos (na época da viagem esse valor correspondia a aproximadamente R$ 18) e dava direito a degustar três vinhos jovens. A mais cara custava 300 pesos (algo em torno de R$ 111) e dava direito a cinco vinhos com classificação de 90 pontos. Acabamos pagando 50 pesos e, no final, ainda tivemos um “plus” com dois vinhos a mais para degustar.

O tour começa com um vídeo rápido contando a história da vinícola, em seguida, passamos para o museu, um pedaço dos tonéis em que ficam descansando os vinhos, as barricas de carvalho e, finalmente, a degustação.

Fomos muito bem recebidos pelo nosso “guia”, tivemos boa explicação sobre o processo de fabricação dos vinhos da bodega e o prédio é muito bonito, rendendo boas fotos. Como estava chovendo não andamos pelos vinhedos, mas foi suficiente.
Recomendo a visita, mas, no meu ponto de vista e paladar, os vinhos são bem ok. Não espere muita coisa.

Acabando a visita já saímos rapidamente para a Familia Zuccardi, que era uma das que eu tinha solicitado visita e almoço.

Essa é uma bodega enorme, super comercial, em escala industrial mesmo, mas foi excelente conhecer.

Na verdade demos muita sorte, pois pegamos a degustação no meio, com vinhos bem simples e muita gente (algo em torno de 20 pessoas) e já estávamos desanimando. Mas eis que o “guia” percebeu que chegamos depois e nos levou, com mais dois casais brasileiros, para outro tour.

Degustação
Conhecemos a história da vinícola, muito interessante (mas não vou ficar contando senão passaremos meses só em Mendoza. Se quiserem mais informações podem me escrever) e fomos caminhando pelos galpões de produção. Quando estávamos na sala das barricas de carvalho, nosso guia falou sobre o rótulo Premium Zuccardi Aluvional(aproximadamente 1400 pesos, ou seja, R$ 520), muito especial e perguntamos se poderíamos provar. Desejo que foi atendido e valeu muito.

No final compramos vinho na loja deles e um azeite de produção própria delicioso. Até nos arrependemos de ter comprado um vidro tão pequeno. Existem três intensidades e compramos o médio, da espécie Manzanilla, originária da Espanha, que achamos muito gostoso.

Em seguida fomos para nosso almoço. Essa bodega tem dois restaurantes, o Casa Del Visitante e o Pan & Oliva. O primeiro é o mais concorrido e possui o menu normal e o degustação de seis passos. Como fizemos a reserva de última hora (lembram que o hotel falou que não precisava? Então...), conseguimos comer somente no Pan & Oliva.

Sobre o restaurante, vou fazer um post especial (após terminar os passeios) com todos que conhecemos em Mendoza. Assim fica mais fácil para vocês pegarem as nossas opiniões, recomendações e preços.

Nossa reserva era para as 14 horas, então terminamos nosso almoço por volta das 16h e o motorista estava nos esperando para ir para a próxima visita. Foi quando fomos informados que não seria possível fazer a visita na La Rural, pois não tinha vaga. Ele avisou que a recepção tinha feito uma reserva na vinícola Vistandes.  Nesse caso, dissemos que dispensávamos a visita, e gostaríamos apenas de ir até a loja da bodega comprar algumas garrafas.

O motorista resolveu ligar para o hotel, confirmando essa possibilidade e eles disseram que era para irmos primeiro na outra visita (Oi? Não queremos...) e depois passar na Rutini.

Resumindo, para não criar caso, seguimos o “roteiro” deles e, sinceramente, não gostamos da vinícola e nem do vinho. A visita foi bem rápida e até que agregou um pouco, mas bem dispensável. É uma bodega mais artesanal, mas o que me deixou mais chateada e insatisfeita é que, quando chegamos na La Rural, já estava fechada! Chegamos por volta das 18h e fechava às 17h.

Descansamos um pouco e às 21h saímos para dar uma volta e procurar um restaurante. Fomos até o Park Hyat conhecer o cassino. Não é algo que eu gosto, mas é legal para conhecer. Não, não fizemos nenhuma aposta. Melhor gastar nosso dinheirinho em passeios, vinhos e bons restaurantes! (risos)

Sábado, fim de semana de feriado prolongado e sem reserva é um pouco difícil achar algum restaurante muito bacana disponível. Mas demos sorte! Depois de andar bastante procurando algo legal, acabamos voltando para perto do hotel e encontramos o Ceibo, restaurante muito bem recomendado (e que eu tinha visto a avaliação em um daqueles apps que recomendei nas dicas anteriores), que fica em frente a Plaza Itália e, mesmo sem reserva, nos permitiram entrar. Tem duas mesinhas logo na entrada que, pelo que entendi, é destinada àqueles desavisados sem reserva.

Esse foi o fim do nosso primeiro dia. Super intenso, mas, apesar dos contratempos, aproveitamos bastante.

Um dia pela cidade

No domingo tínhamos uma reserva (pelo menos achávamos que estava tudo certo) para o almoço no 1884, famoso restaurante do chef argentino Francis Malmann, então optamos por fazer um programa mais livre e próximo ao hotel na parte da manhã.

Eu e meu marido gostamos muito de praticar esportes e resolvemos ir a pé até o Parque San Martin (não ficava muito longe do hotel).
Alexandre em frente aos portões do Parque San Martins
Gosto de andar a pé nas minhas viagens (um dos motivos de eu preferir não viajar no inverno), pois assim conheço melhor a região e descubro lugares que, de carro, metrô ou ônibus, não seria possível.

Fomos pela Avenida Emilio Civit (que é a continuação da Avenida Sarmiento, uma famosa rua de pedestres da cidade e que cruza a Plaza Independência). O bacana de ir por essa avenida é que você chega através dos portões principais do Parque (Los Portones).

Para ser sincera, achei o parque bem mal cuidado, mas é um lugar muito legal pra passear, bem arborizado, grande, e que te leva até o topo da cidade, no Cerro de La Gloria.
Cerro de la Gloria

Fuente de Los Continentes, dentro do parque
Resolvemos correr um pouco e, quando percebemos, já estávamos lá no Cerro. No caminho passamos pela Fuente de los Continentes, El Rosedal, Museo Ciencias Naturales, El Lago, Teatro Griego, enfim, todos os pontos de interesse lá dentro e encontramos muita gente correndo, caminhando e de bike.

Terminamos nossa corrida no hotel, totalizando 15 quilômetros, e prontos para um belo almoço.

Seguimos para o restaurante 1884 para nossa reserva das 14h e, como explicamos no início da nossa jornada, nossa reserva não estava feita (isso porque confirmamos com o hotel!). Mas, para nosso deleite, conseguimos uma mesa. O restaurante é fantástico!!! Lugar muito elegante e bonito e comida incrível. Mas colocarei os detalhes no post específico sobre os restaurantes da cidade.


Eu no restaurante 1884

Para vocês terem ideia da maravilha que é esse restaurante, sai de lá precisando caminhar um pouco, de tanto que comemos, com muito gosto!

Caminhamos alguns quarteirões e pegamos um taxi até a Plaza Independência. Depois seguimos para o hotel descansar e, por volta das 20h30 seguimos para a Rua Sarmiento, onde além de encontrar vários restaurantes (entre eles o Azafrán, que infelizmente não conseguimos conhecer por falta de reserva), acontece uma feira em que vários produtores de vinho expõe e oferecem degustação de seus produtos. Você precisa comprar uma taça e os vales para degustação.

São vários dias de feira e, em todos eles, estava totalmente lotado.
Depois da nossa experiência fantástica no 1884, resolvemos não provar mais nenhum vinho, comemos algo rápido e voltamos para o hotel.



Na próxima semana, falarei do nosso passeio pelas montanhas. 

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