Olá,
leitores! Esta semana estou de volta para falar sobre as bodegas que visitamos
em Mendoza, na Argentina. Para quem não estava acompanhando as resenhas da
minha viagem, pode ler as duas primeiras partes aqui e aqui.
Boa leitura!
Melissa Tempesta Bigarella
Melissa Tempesta Bigarella
As primeiras Bodegas
Seguimos
em direção à Trapiche, uma bodega tradicional fundada em 1883.
Quando
você chega às vinícolas, sempre tem uma guarita em que você precisa dar o seu
nome para confirmar a reserva. Em algumas (acredito que em todas as mais
requisitadas), você não passa do portão se não tiver reserva prévia.
Eu e os trilhos da estação na Trapiche |
O
prédio da bodega é lindo! Talvez o mais bonito, dentre os visitados, em minha
opinião. Um prédio antigo e bem restaurado (já falei que adoro coisas,
sejam objetos ou prédios antigos, mas bem conservados, certo?!), enorme e que
abriga, dentre outras coisas, um pequeno (bem pequeno) museu, parte da produção
dos vinhos, as barricas e o local de degustação.
Essa
foi a única bodega que tivemos que pagar
pelo tour e degustação. Eram cinco tipos, sendo que a mais barata custava 50
pesos (na época da viagem esse valor correspondia a aproximadamente R$ 18) e
dava direito a degustar três vinhos jovens. A mais cara custava 300 pesos (algo
em torno de R$ 111) e dava direito a cinco vinhos com classificação de 90
pontos. Acabamos
pagando 50 pesos e, no final, ainda tivemos um “plus” com dois vinhos a mais
para degustar.
O
tour começa com um vídeo rápido contando a história da vinícola, em seguida,
passamos para o museu, um pedaço dos tonéis em que ficam descansando os vinhos,
as barricas de carvalho e, finalmente, a degustação.
Fomos
muito bem recebidos pelo nosso “guia”, tivemos boa explicação sobre o processo
de fabricação dos vinhos da bodega e o prédio é muito bonito, rendendo boas
fotos. Como estava chovendo não andamos pelos vinhedos, mas foi suficiente.
Recomendo
a visita, mas, no meu ponto de vista e paladar, os vinhos são bem ok. Não
espere muita coisa.
Acabando
a visita já saímos rapidamente para a Familia Zuccardi, que era uma das que eu
tinha solicitado visita e almoço.
Essa
é uma bodega enorme, super comercial, em escala industrial mesmo, mas foi
excelente conhecer.
Na
verdade demos muita sorte, pois pegamos a degustação no meio, com vinhos bem
simples e muita gente (algo em torno de 20 pessoas) e já estávamos desanimando.
Mas eis que o “guia” percebeu que chegamos depois e nos levou, com mais dois
casais brasileiros, para outro tour.
Degustação |
Conhecemos
a história da vinícola, muito interessante (mas não vou ficar contando senão
passaremos meses só em Mendoza. Se quiserem mais informações podem me escrever)
e fomos caminhando pelos galpões de produção. Quando estávamos na sala das
barricas de carvalho, nosso guia falou sobre o rótulo Premium Zuccardi Aluvional(aproximadamente
1400 pesos, ou seja, R$ 520), muito especial e perguntamos se poderíamos
provar. Desejo que foi atendido e valeu muito.
No
final compramos vinho na loja deles e um azeite de produção própria delicioso.
Até nos arrependemos de ter comprado um vidro tão pequeno. Existem três
intensidades e compramos o médio, da espécie Manzanilla, originária da Espanha,
que achamos muito gostoso.
Em seguida fomos para nosso almoço. Essa bodega tem dois restaurantes, o Casa Del Visitante e o Pan & Oliva. O primeiro é o mais concorrido e possui o menu normal e o degustação de seis passos. Como fizemos a reserva de última hora (lembram que o hotel falou que não precisava? Então...), conseguimos comer somente no Pan & Oliva.
Sobre
o restaurante, vou fazer um post especial (após terminar os passeios) com todos
que conhecemos em Mendoza. Assim fica mais fácil para vocês pegarem as nossas
opiniões, recomendações e preços.
Nossa
reserva era para as 14 horas, então terminamos nosso almoço por volta das 16h e
o motorista estava nos esperando para ir para a próxima visita. Foi quando
fomos informados que não seria possível fazer a visita na La Rural, pois não
tinha vaga. Ele avisou que a recepção tinha feito uma reserva na vinícola Vistandes.
Nesse caso, dissemos que dispensávamos a
visita, e gostaríamos apenas de ir até a loja da bodega comprar algumas
garrafas.
O motorista resolveu ligar para o hotel, confirmando essa possibilidade e eles disseram que era para irmos primeiro na outra visita (Oi? Não queremos...) e depois passar na Rutini.
Resumindo, para não criar caso, seguimos o “roteiro” deles e, sinceramente, não gostamos da vinícola e nem do vinho. A visita foi bem rápida e até que agregou um pouco, mas bem dispensável. É uma bodega mais artesanal, mas o que me deixou mais chateada e insatisfeita é que, quando chegamos na La Rural, já estava fechada! Chegamos por volta das 18h e fechava às 17h.
Descansamos
um pouco e às 21h saímos para dar uma volta e procurar um restaurante. Fomos
até o Park Hyat conhecer o cassino. Não é algo que eu gosto, mas é legal para
conhecer. Não, não fizemos nenhuma aposta. Melhor gastar nosso dinheirinho em
passeios, vinhos e bons restaurantes! (risos)
Sábado,
fim de semana de feriado prolongado e sem reserva é um pouco difícil achar
algum restaurante muito bacana disponível. Mas demos sorte! Depois de andar
bastante procurando algo legal, acabamos voltando para perto do hotel e
encontramos o Ceibo, restaurante muito bem recomendado (e que eu tinha visto a
avaliação em um daqueles apps que recomendei nas dicas anteriores), que fica em
frente a Plaza Itália e, mesmo sem reserva, nos permitiram entrar. Tem duas
mesinhas logo na entrada que, pelo que entendi, é destinada àqueles desavisados
sem reserva.
Esse
foi o fim do nosso primeiro dia. Super intenso, mas, apesar dos contratempos,
aproveitamos bastante.
Um dia pela cidade
No
domingo tínhamos uma reserva (pelo menos achávamos que estava tudo certo) para
o almoço no 1884, famoso restaurante do chef
argentino Francis Malmann, então optamos por fazer um programa mais livre e
próximo ao hotel na parte da manhã.
Eu
e meu marido gostamos muito de praticar esportes e resolvemos ir a pé até o
Parque San Martin (não ficava muito longe do hotel).
Alexandre em frente aos portões do Parque San Martins |
Gosto
de andar a pé nas minhas viagens (um dos motivos de eu preferir não viajar no
inverno), pois assim conheço melhor a região e descubro lugares que, de carro,
metrô ou ônibus, não seria possível.
Fomos
pela Avenida Emilio Civit (que é a continuação da Avenida Sarmiento, uma famosa
rua de pedestres da cidade e que cruza a Plaza Independência). O bacana de ir
por essa avenida é que você chega através dos portões principais do Parque (Los
Portones).
Para
ser sincera, achei o parque bem mal cuidado, mas é um lugar muito legal pra
passear, bem arborizado, grande, e que te leva até o topo da cidade, no Cerro
de La Gloria.
Cerro de la Gloria |
Fuente de Los Continentes, dentro do parque |
Resolvemos
correr um pouco e, quando percebemos, já estávamos lá no Cerro. No caminho passamos
pela Fuente de los Continentes, El Rosedal, Museo Ciencias Naturales, El Lago, Teatro
Griego, enfim, todos os pontos de interesse lá dentro e encontramos muita gente
correndo, caminhando e de bike.
Terminamos nossa corrida no hotel, totalizando 15 quilômetros, e prontos para um belo almoço.
Seguimos
para o restaurante 1884 para nossa reserva das 14h e, como explicamos no início
da nossa jornada, nossa reserva não estava feita (isso porque confirmamos com o
hotel!). Mas, para nosso deleite, conseguimos uma mesa. O restaurante é
fantástico!!! Lugar muito elegante e bonito e comida incrível. Mas colocarei os
detalhes no post específico sobre os
restaurantes da cidade.
Eu no restaurante 1884 |
Para
vocês terem ideia da maravilha que é esse restaurante, sai de lá precisando
caminhar um pouco, de tanto que comemos, com muito gosto!
Caminhamos
alguns quarteirões e pegamos um taxi até a Plaza Independência. Depois seguimos
para o hotel descansar e, por volta das 20h30 seguimos para a Rua Sarmiento,
onde além de encontrar vários restaurantes (entre eles o Azafrán, que
infelizmente não conseguimos conhecer por falta de reserva), acontece uma feira
em que vários produtores de vinho expõe e oferecem degustação de seus produtos.
Você precisa comprar uma taça e os vales para degustação.
São
vários dias de feira e, em todos eles, estava totalmente lotado.
Depois
da nossa experiência fantástica no 1884, resolvemos não provar mais nenhum
vinho, comemos algo rápido e voltamos para o hotel.
Na
próxima semana, falarei do nosso passeio pelas montanhas.
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