Olá leitores! Tudo bem?
Se você chegou agora, pode ler os posts sobre
nossa viagem para Mendoza nos seguintes links:
Hoje vou falar um pouco sobre os restaurantes
que conhecemos.
Como
eu já havia mencionado nos posts anteriores, fiquei surpresa com a riqueza
gastronômica da região. São muitos os estabelecimentos recomendados, então, se
você é o tipo de viajante que gosta de conhecer novos restaurantes, é melhor
fazer uma seleção antes da viagem e já garantir sua reserva.
A
grande maioria das casas mais concorridas só atende mediante reserva e,
dependendo da época da sua viagem, é bem difícil conseguir algo “em cima da
hora”, especialmente para o jantar.
Uma
das coisas que mais gosto é sair de um restaurante com aquela sensação de
“quero voltar”! Significa que agradou em cheio meu estômago exigente e meus
requisitos como consumidora.
A
comida pode ser “barata”, mas, se eu não gostar e não sair satisfeita, fico com
a sensação de que paguei caro! Sou dessas, não adianta. Tenho que sair do
restaurante com boas lembranças e desejando experimentar outros pratos.
Como
também comentei em outro post, infelizmente não conseguimos conhecer todos os
restaurantes que eu tinha na minha “lista”, pois não fizemos reserva prévia. Claro
que tivemos excelentes surpresas, mas também tivemos péssimas experiências.
Vamos conhecer um pouco dos restaurantes de Mendoza? Seguem abaixo minhas impressões, de acordo com meu paladar e ponto de vista.
E
você, conhece algum desses ou têm novas dicas? Fique à vontade para deixar seu
comentário!
Um
abraço e até semana que vem.
Melissa
Tempesta Bigarella
Esse
é um dos restaurantes da Bodega Familia Zuccardi. É mais simples, mas a
localização é muito especial, fica no meio dos vinhedos e oliveiras. Seu
conceito é de um armazém (sua estrutura e decoração também) e o menu é enxuto,
mas ok.
Nossos pratos |
O
couvert consiste em uma tábua de três tipos de pães (todos muito bons!) para
comer com os três tipos de azeites da marca, azeitonas temperadas e uma
saladinha de trigo com nozes e uva passa. Acho que foi a melhor parte do
almoço.
Como
prato principal, escolhi uma torta de abobrinha com salada verde e o Alexandre
foi de bife à milanesa com purê de abóbora com queijo e salada verde. Estavam
bem apresentados, mas o sabor era apenas bom.
Para
acompanhar pedimos um vinho Zuccardi (claro!) Serie A Sirah 2012. Era bom e
agradável, mas, após tantas degustações, não conseguimos terminar a garrafa.
Pecado mortal, mas ainda tínhamos (ou achávamos que teríamos) outra degustação
na La Rural.
Para
completar pedi de sobremesa um pudim de Pan e Dulce de Leche (essa sim é a
perdição da minha vida!) e sorvete de creme, que estava até gostoso, mas o
problema é que vinha com azeite! Sim, você leu certo, azeite. Aí meu paladar
deu uma bloqueada.
Sobremesa do Alexandre |
A
sobremesa do Alexandre (torta de chocolate branco e sorvete de frutas
vermelhas) também vinha com azeite.
Nossa
conta ficou em 470 pesos com gorjeta (aproximadamente R$ 174).
Sua
definição é um restaurante com experiência gastronômica do campo, que utiliza
produtos locais e frescos na elaboração dos pratos.
Esse
é um dos restaurantes em que é preciso fazer reserva, mas conseguimos, por
sorte, uma das duas mesas que são reservadas aos desavisados, conforme contamos
na Parte 3 da nossa viagem (link no começo do post).
Empanadas do Ceibo |
De
entrada pedimos as típicas empanadas. Para mim de vegetais e para o Alexandre
de ossobuco. Veio uma massa folhada, diferente das empanadas que eu já tinha
comido, e me surpreendeu! Muito boa e recheio super saboroso. O antepasto de berinjela e os pães (meu outro
pecado da gula!) também estavam muito bons.
Meu prato |
Como
prato principal pedi um salmão com folhas verdes e uma salada de abacate,
tomate e cebola que estava excepcional. Simples, mas muito bem feito. O salmão
no ponto perfeito (para mim) e essa saladinha de abacate estava muito saborosa.
O Alexandre pediu um cordeiro no Malbec e disse que estava excelente.
Não
aguentamos a sobremesa desta vez e essa experiência custou 400 pesos, ou seja,
aproximadamente R$ 148.
Francis
Malmann é o chef argentino mais
renomado no mundo e esse restaurante (um dos quatro que contam com sua
supervisão) fica localizado dentro da Bodega Escorihuela (tenho apreciado
bastante os vinhos dessa bodega). O nome 1884 faz menção ao ano em que foi
construída a bodega que o abriga.
A
entrada já me encantou. Adorei a construção e decoração do local.
Você
certamente precisará de uma reserva para comer lá, principalmente no jantar!
O
cardápio tem ótimas opções e a carta de vinhos é de deixar qualquer um
“perdido”. É imensa (mesmo!) e com excelentes exemplares! Tanto que a garçonete
veio umas cinco vezes para verificar se já tínhamos escolhido o vinho, o que
foi um pouco inconveniente, mas relevante.
De
antepasto mandaram pães caseiros (deliciosos!) com uma manteiga aerada com
ervas e azeite, todos muito bons.
Meu risoto de frutos do mar |
Eu
pedi de prato principal um risoto de frutos do mar de comer de joelhos! Super
bem servido, no ponto exato e com um queijo parmesão dos deuses.
Alexandre e seu prato |
O
Alexandre pediu um Ojo de bife com batata e amou. Disse que foi a melhor carne
que já comeu, tanto pelo sabor quanto pelo ponto e maciez.
De
sobremesa, pedi um Volcano de Dulce de Leche, mas tinha acabado (devido ao
horário, pois nossa reserva era para as 14 horas! Atente-se a isso!).
Então
me contentei com uma panqueca de dulce de leche (claro!!!) que estava divina. O
doce de leite era muito bom! O Alexandre foi de mousse de chocolate.
Jardim belíssimo do 1884 |
Nessa
altura eu já estava passando mal de tanto comer, mas imensamente feliz e realizada!
Fomos
tomar o café no jardim, repleto de bancos confortáveis e charmosos.
Nossa
conta deu 850 pesos (aproximadamente R$ 315) – com couvert, prato principal,
sobremesa, um ótimo vinho e serviço.
Valeu
cada centavo! Com certeza é um lugar que pretendo voltar.
Essa
foi uma dica da nossa amiga Josi, da Brancotinto. Tentamos ir no sábado, mas
estava lotado e sem possibilidade de reserva, mas conseguimos reservar para o
jantar da segunda-feira. Esse é o restaurante de Pablo Del Rio.
Ficava
bem perto do nosso hotel, em um antigo e elegante casarão de 1917. O mais
curioso é que a cozinha é aberta, ou seja, jantamos assistindo o chef trabalhar. Bem interessante.
Seu
conceito é a culinária das Sete Regiões Gastronômicas: NOA, Litoral, Cuyo,
Pampas, Meetropolitana, Patagônia Andina e Mar Argentino.
Ravioli de queijo de cabra |
Achei
a culinária muito interessante, porém, tem um conceito mais minimalista. O
cardápio conta com dois menus degustação, de sete e quatro itens, mas não
estávamos com tanta fome, então decidimos apenas por uma entrada e prato
principal.
Escolhi
de entrada um pacú com figo (gostoso) e, de prato principal, um ravioli de
queijo de cabra com amêndoas e marmelada que estava divino! Daqueles que dá dó
acabar! rs
Queijo brie assado com geléia |
Vitela com legumes |
O
Alexandre pediu de entrada um brie argentino assado com geléia de pimenta que
estava delicioso! E, de prato principal, uma vitela (enorme!) com cebolas,
batata, cenoura e mandioquinha assados. De sobremesa dividimos um Chocolate
Parfait com Sorbet de Fruti di Bosco.
Nossa
conta ficou em 890 pesos (aproximadamente R$ 330), incluindo couvert, vinho
(excelente), entrada, prato principal, sobremesa e serviço.
Esse
restaurante fica localizado dentro da Bodega Septima, que tem esse nome, pois é
a sétima vinícola do Grupo Codorniu, e fica localizada aos pés da Cordilheira
dos Andes.
Entrada do restaurante |
Acabamos
fazendo reserva para esse restaurante, pois foi o único que conseguimos em cima
da hora. Todos os outros de vinícolas que queríamos não tinham mais
disponibilidade, como o da Ruca Malen, que é muito bem conceituado.
Vista dos vinhedos |
Lá
fomos nós para o menu degustação. O lugar é lindo! Você tem uma vista incrível
dos vinhedos e da Cordilheira. Lindo mesmo. Um detalhe bem ruim: estava
infestado de moscas!!
Mas,
infelizmente, tivemos uma péssima experiência gastronômica e de serviço.
Chegamos
às 14h e às 16h ainda não tínhamos comido nosso prato principal!!! Acabamos indo embora sem comer e sem pagar, já
que o maitre veio se desculpar pela
confusão e fez questão de não cobrar, e ainda nos presenteou com uma garrafa de
espumante.
As
entradas que comemos deixaram muito a desejar: patê não identificado, pão duro,
pastel de queijo veio frio, o camarão não tinha gosto e também estava frio.
Os
vinhos também eram bem básicos e não consegui tomar mais que um gole. Resumindo:
uma experiência que eu particularmente não recomendo, mas temos uma amiga que
disse que nada disso aconteceu com ela. Ou seja, provavelmente pegamos um dia
ruim, mas não voltaria.
Restaurante
italiano localizado a poucos metros da Plaza Independência e instalado na
antiga e elegante casa da chef Maria
Tereza Corradi, italiana que foi para a Argentina aos 16 anos para escapar da
guerra.
É
o restaurante italiano mais famoso de Mendoza, com mesas no jardim
(encantador!) e ótimo atendimento. Estava
uma noite linda e sentamos no jardim, o que tornou o jantar ainda mais
agradável.
Nosso antepasto: delicioso! |
O
cardápio é extenso e é composto não apenas de massas e risotos, mas várias
opções de saladas, entradas, carnes e peixes. Existe ainda um pequeno cardápio
com algumas sugestões do dia e foi nesse menu que escolhemos um antepasto
delicioso!
Me lembrei muito da minha amada Itália comendo prosciutto italiano e berinjelas em conserva, mussarela crocante, flan de abobrinha ao queijo parmesão e pães caseiros e deliciosos.
Fettuccine Portofino |
Comemos
com calma, apreciando o vinho, o jardim, as velas e, depois, de prato
principal, pedi um Fettuccine Portofino (com conhaque, creme de leite,
salsinha, alecrim e camarão). A massa estava muito boa, no ponto, o creme muito
saboroso, mas o camarão não aparentava ser fresco estava um pouco duro. Ou
seja, já comi massas melhores, mas ainda assim era saborosa.
Capeletti San Martino |
O
Alexandre pediu um Capeletti San Martino (com creme rose, champignon, parmesão,
mussarela e salsinha) e achou que estava gostoso, mas também não foi nada
excepcional.
De
sobremesa pedi um flan caseiro de dulce de leche (óbvio!) e o Alê um Nero e
Bianco, um brownie de chocolate branco e negro, que era imenso, mas estava um
pouco ressecado. Já meu flan, era um pudim de leite leve e gostoso, com um
recipiente separado com doce de leite. Muito gostoso.
Minha sobremesa |
Como
era nossa última noite na cidade, resolvemos pedir um vinho mais caro, então
nossa conta passou dos mil pesos, mas, podemos comparar o preço com os outros
restaurantes que fomos. Ou seja, pedindo um vinho médio, deve-se gastar em
torno de 700/800 pesos o casal, com mais de um prato, bebidas e sobremesa.
Enfim,
esses foram os restaurantes que tivemos oportunidade de conhecer em Mendoza.
A
lista de opções é imensa! Para você ter ideia, somente nesse site Rutas Gastronomicas Mendoza (que tem o
aplicativo para IPhone que mencionei na Parte 1), existem 500 opções de
restaurantes e 40 de centros gastronômicos.
Teríamos
que voltar muitas vezes para conhecer todos os restaurantes recomendados e com
boas indicações, mas, com certeza, voltaríamos no 1884.
Espero
que essas dicas ajudem na sua escolha!
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