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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Diário de uma Viajante: restaurantes em Mendoza

Olá leitores! Tudo bem?

Se você chegou agora, pode ler os posts sobre nossa viagem para Mendoza nos seguintes links:


Hoje vou falar um pouco sobre os restaurantes que conhecemos.


Como eu já havia mencionado nos posts anteriores, fiquei surpresa com a riqueza gastronômica da região. São muitos os estabelecimentos recomendados, então, se você é o tipo de viajante que gosta de conhecer novos restaurantes, é melhor fazer uma seleção antes da viagem e já garantir sua reserva.

A grande maioria das casas mais concorridas só atende mediante reserva e, dependendo da época da sua viagem, é bem difícil conseguir algo “em cima da hora”, especialmente para o jantar.

Uma das coisas que mais gosto é sair de um restaurante com aquela sensação de “quero voltar”! Significa que agradou em cheio meu estômago exigente e meus requisitos como consumidora.

A comida pode ser “barata”, mas, se eu não gostar e não sair satisfeita, fico com a sensação de que paguei caro! Sou dessas, não adianta. Tenho que sair do restaurante com boas lembranças e desejando experimentar outros pratos.

Como também comentei em outro post, infelizmente não conseguimos conhecer todos os restaurantes que eu tinha na minha “lista”, pois não fizemos reserva prévia. Claro que tivemos excelentes surpresas, mas também tivemos péssimas experiências.

Vamos conhecer um pouco dos restaurantes de Mendoza? Seguem abaixo minhas impressões, de acordo com meu paladar e ponto de vista.

E você, conhece algum desses ou têm novas dicas? Fique à vontade para deixar seu comentário!

Um abraço e até semana que vem.

Melissa Tempesta Bigarella



Esse é um dos restaurantes da Bodega Familia Zuccardi. É mais simples, mas a localização é muito especial, fica no meio dos vinhedos e oliveiras. Seu conceito é de um armazém (sua estrutura e decoração também) e o menu é enxuto, mas ok.

Nossos pratos
O couvert consiste em uma tábua de três tipos de pães (todos muito bons!) para comer com os três tipos de azeites da marca, azeitonas temperadas e uma saladinha de trigo com nozes e uva passa. Acho que foi a melhor parte do almoço.

Como prato principal, escolhi uma torta de abobrinha com salada verde e o Alexandre foi de bife à milanesa com purê de abóbora com queijo e salada verde. Estavam bem apresentados, mas o sabor era apenas bom.

Para acompanhar pedimos um vinho Zuccardi (claro!) Serie A Sirah 2012. Era bom e agradável, mas, após tantas degustações, não conseguimos terminar a garrafa. Pecado mortal, mas ainda tínhamos (ou achávamos que teríamos) outra degustação na La Rural.
 
Minha sobremesa
Para completar pedi de sobremesa um pudim de Pan e Dulce de Leche (essa sim é a perdição da minha vida!) e sorvete de creme, que estava até gostoso, mas o problema é que vinha com azeite! Sim, você leu certo, azeite. Aí meu paladar deu uma bloqueada.
Sobremesa do Alexandre

A sobremesa do Alexandre (torta de chocolate branco e sorvete de frutas vermelhas) também vinha com azeite.

Nossa conta ficou em 470 pesos com gorjeta (aproximadamente R$ 174).



Sua definição é um restaurante com experiência gastronômica do campo, que utiliza produtos locais e frescos na elaboração dos pratos.
 
Esse é um dos restaurantes em que é preciso fazer reserva, mas conseguimos, por sorte, uma das duas mesas que são reservadas aos desavisados, conforme contamos na Parte 3 da nossa viagem (link no começo do post).
Empanadas do Ceibo

De entrada pedimos as típicas empanadas. Para mim de vegetais e para o Alexandre de ossobuco. Veio uma massa folhada, diferente das empanadas que eu já tinha comido, e me surpreendeu! Muito boa e recheio super saboroso.  O antepasto de berinjela e os pães (meu outro pecado da gula!) também estavam muito bons.



Meu prato
Como prato principal pedi um salmão com folhas verdes e uma salada de abacate, tomate e cebola que estava excepcional. Simples, mas muito bem feito. O salmão no ponto perfeito (para mim) e essa saladinha de abacate estava muito saborosa. O Alexandre pediu um cordeiro no Malbec e disse que estava excelente.

Não aguentamos a sobremesa desta vez e essa experiência custou 400 pesos, ou seja, aproximadamente R$ 148.


Francis Malmann é o chef argentino mais renomado no mundo e esse restaurante (um dos quatro que contam com sua supervisão) fica localizado dentro da Bodega Escorihuela (tenho apreciado bastante os vinhos dessa bodega). O nome 1884 faz menção ao ano em que foi construída a bodega que o abriga.

A entrada já me encantou. Adorei a construção e decoração do local.
Você certamente precisará de uma reserva para comer lá, principalmente no jantar!
 
Entrada do 1884
O cardápio tem ótimas opções e a carta de vinhos é de deixar qualquer um “perdido”. É imensa (mesmo!) e com excelentes exemplares! Tanto que a garçonete veio umas cinco vezes para verificar se já tínhamos escolhido o vinho, o que foi um pouco inconveniente, mas relevante.

De antepasto mandaram pães caseiros (deliciosos!) com uma manteiga aerada com ervas e azeite, todos muito bons.

Meu risoto de frutos do mar
Eu pedi de prato principal um risoto de frutos do mar de comer de joelhos! Super bem servido, no ponto exato e com um queijo parmesão dos deuses.
Alexandre e seu prato

O Alexandre pediu um Ojo de bife com batata e amou. Disse que foi a melhor carne que já comeu, tanto pelo sabor quanto pelo ponto e maciez.

De sobremesa, pedi um Volcano de Dulce de Leche, mas tinha acabado (devido ao horário, pois nossa reserva era para as 14 horas! Atente-se a isso!).

Então me contentei com uma panqueca de dulce de leche (claro!!!) que estava divina. O doce de leite era muito bom! O Alexandre foi de mousse de chocolate.

Jardim belíssimo do 1884
Nessa altura eu já estava passando mal de tanto comer, mas imensamente feliz e realizada!

Fomos tomar o café no jardim, repleto de bancos confortáveis e charmosos.
Nossa conta deu 850 pesos (aproximadamente R$ 315) – com couvert, prato principal, sobremesa, um ótimo vinho e serviço.

Valeu cada centavo! Com certeza é um lugar que pretendo voltar.


Essa foi uma dica da nossa amiga Josi, da Brancotinto. Tentamos ir no sábado, mas estava lotado e sem possibilidade de reserva, mas conseguimos reservar para o jantar da segunda-feira. Esse é o restaurante de Pablo Del Rio.

Ficava bem perto do nosso hotel, em um antigo e elegante casarão de 1917. O mais curioso é que a cozinha é aberta, ou seja, jantamos assistindo o chef trabalhar. Bem interessante. 

Seu conceito é a culinária das Sete Regiões Gastronômicas: NOA, Litoral, Cuyo, Pampas, Meetropolitana, Patagônia Andina e Mar Argentino.
Ravioli de queijo de cabra

Achei a culinária muito interessante, porém, tem um conceito mais minimalista. O cardápio conta com dois menus degustação, de sete e quatro itens, mas não estávamos com tanta fome, então decidimos apenas por uma entrada e prato principal.



Escolhi de entrada um pacú com figo (gostoso) e, de prato principal, um ravioli de queijo de cabra com amêndoas e marmelada que estava divino! Daqueles que dá dó acabar! rs

Queijo brie assado com geléia
Vitela com legumes
O Alexandre pediu de entrada um brie argentino assado com geléia de pimenta que estava delicioso! E, de prato principal, uma vitela (enorme!) com cebolas, batata, cenoura e mandioquinha assados. De sobremesa dividimos um Chocolate Parfait com Sorbet de Fruti di Bosco.

Nossa conta ficou em 890 pesos (aproximadamente R$ 330), incluindo couvert, vinho (excelente), entrada, prato principal, sobremesa e serviço.



Esse restaurante fica localizado dentro da Bodega Septima, que tem esse nome, pois é a sétima vinícola do Grupo Codorniu, e fica localizada aos pés da Cordilheira dos Andes.
Entrada do restaurante

Acabamos fazendo reserva para esse restaurante, pois foi o único que conseguimos em cima da hora. Todos os outros de vinícolas que queríamos não tinham mais disponibilidade, como o da Ruca Malen, que é muito bem conceituado.

Vista dos vinhedos
Lá fomos nós para o menu degustação. O lugar é lindo! Você tem uma vista incrível dos vinhedos e da Cordilheira. Lindo mesmo. Um detalhe bem ruim: estava infestado de moscas!!

Mas, infelizmente, tivemos uma péssima experiência gastronômica e de serviço.

Chegamos às 14h e às 16h ainda não tínhamos comido nosso prato principal!!!  Acabamos indo embora sem comer e sem pagar, já que o maitre veio se desculpar pela confusão e fez questão de não cobrar, e ainda nos presenteou com uma garrafa de espumante.

As entradas que comemos deixaram muito a desejar: patê não identificado, pão duro, pastel de queijo veio frio, o camarão não tinha gosto e também estava frio.

Os vinhos também eram bem básicos e não consegui tomar mais que um gole. Resumindo: uma experiência que eu particularmente não recomendo, mas temos uma amiga que disse que nada disso aconteceu com ela. Ou seja, provavelmente pegamos um dia ruim, mas não voltaria.


Restaurante italiano localizado a poucos metros da Plaza Independência e instalado na antiga e elegante casa da chef Maria Tereza Corradi, italiana que foi para a Argentina aos 16 anos para escapar da guerra.

É o restaurante italiano mais famoso de Mendoza, com mesas no jardim (encantador!) e ótimo atendimento. Estava uma noite linda e sentamos no jardim, o que tornou o jantar ainda mais agradável.
Nosso antepasto: delicioso!

O cardápio é extenso e é composto não apenas de massas e risotos, mas várias opções de saladas, entradas, carnes e peixes. Existe ainda um pequeno cardápio com algumas sugestões do dia e foi nesse menu que escolhemos um antepasto delicioso!

Me lembrei muito da minha amada Itália comendo prosciutto italiano e berinjelas em conserva, mussarela crocante, flan de abobrinha ao queijo parmesão e pães caseiros e deliciosos.

Fettuccine Portofino
Comemos com calma, apreciando o vinho, o jardim, as velas e, depois, de prato principal, pedi um Fettuccine Portofino (com conhaque, creme de leite, salsinha, alecrim e camarão). A massa estava muito boa, no ponto, o creme muito saboroso, mas o camarão não aparentava ser fresco estava um pouco duro. Ou seja, já comi massas melhores, mas ainda assim era saborosa.



Capeletti San Martino
O Alexandre pediu um Capeletti San Martino (com creme rose, champignon, parmesão, mussarela e salsinha) e achou que estava gostoso, mas também não foi nada excepcional.

De sobremesa pedi um flan caseiro de dulce de leche (óbvio!) e o Alê um Nero e Bianco, um brownie de chocolate branco e negro, que era imenso, mas estava um pouco ressecado. Já meu flan, era um pudim de leite leve e gostoso, com um recipiente separado com doce de leite. Muito gostoso.

Minha sobremesa
Como era nossa última noite na cidade, resolvemos pedir um vinho mais caro, então nossa conta passou dos mil pesos, mas, podemos comparar o preço com os outros restaurantes que fomos. Ou seja, pedindo um vinho médio, deve-se gastar em torno de 700/800 pesos o casal, com mais de um prato, bebidas e sobremesa.

Enfim, esses foram os restaurantes que tivemos oportunidade de conhecer em Mendoza.

A lista de opções é imensa! Para você ter ideia, somente nesse site Rutas Gastronomicas Mendoza (que tem o aplicativo para IPhone que mencionei na Parte 1), existem 500 opções de restaurantes e 40 de centros gastronômicos.

Teríamos que voltar muitas vezes para conhecer todos os restaurantes recomendados e com boas indicações, mas, com certeza, voltaríamos no 1884.

Espero que essas dicas ajudem na sua escolha!






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