E chegamos à
última etapa da nossa viagem para Mendoza.
Foi um dia super
diferente, fora do contexto das bodegas e super recomendado.
Espero que as dicas sejam úteis para programar
sua viagem a essa cidade com ótimas opções de lazer e gastronomia.
O próximo post será sobre os restaurantes que conhecemos.
Bom fim de semana e até a próxima sexta-feira!
Melissa Tempesta Bigarella
Passeio na Montanha
Na
segunda-feira, resolvemos ter um dia diferente, fugindo um pouco das bodegas, e
encaramos um passeio pelas montanhas.
Chamado
de Alta Montaña, esse passeio custou 280 pesos por pessoa (aproximadamente R$
104 na época da viagem) e segue até o alto da Cordilheira dos Andes, mais
especificamente até o Cristo Redentor, a 4 mil metros de altura e no limite
entre Argentina e Chile.
O
micro ônibus nos pegou as 8h30 no hotel (tudo bem que estávamos desde as 7h30
aguardando, pois a recepção do hotel nos passou esse horário. Sempre a
recepção! risos). O ônibus estava lotado!! Sentamos no último banco e até
ficamos um pouco incomodados no começo.
Éramos
os únicos brasileiros e atenção para a DICA:
o guia só falava em espanhol. Ou seja, se você não entende o idioma, tente
procurar um passeio com um guia que fala português, caso contrário, não vai
entender muitas das informações do percurso. Nós, que nos viramos bem, ficamos
sem entender algumas coisas.
As
paisagens do caminho são de tirar o fôlego e, aos poucos, nem o aperto nos
incomodava mais. Você passa por Luján de Cuyo (onde estão algumas vinícolas
como Catena Zapata e Ruca Malen) e já vai avistando a Cordilheira lindíssima e
com seu topo cheio de neve, e segue pela Rota Internacional do Chile.
No
caminho, ele vai explicando os lugares de interesse que passamos (como o Valle
de Uspallata e Punta de Vacas), paramos para fotografar na Puente Histórico de
Picheuta e a segunda parada foi na Estação de Esqui Penitentes, que estava
fechada devido à época do ano, mas era permitido subir pelo teleférico para
fotografar.
Nós
resolvemos não subir, pois, como foi um programa sem planejamento, nós não
tínhamos levado um casaco apropriado.
DICA:
se você quiser fazer esse passeio, se programe e leve um casaco para aproveitar
melhor. Quanto mais você sobe, mais frio fica!
A
terceira parada foi para fotografar o Aconcágua, a maior montanha da América,
com 6.962 metros. Claro que fotografamos de longe, mas se você gosta de
aventura, existe também um passeio que vai até o Parque Aconcágua e região.
Em
seguida seguimos até o Cristo Redentor. O caminho é lindo, mas, conforme vamos
subindo a montanha, a cada curva eu suava de aflição! risos
Cristo Redentor |
Mas
tudo deu certo e chegamos ao topo lindo, cheio de neve e MUITO frio.
Principalmente para quem estava com uma camisa jeans e uma malha fininha.
Foi o tempo de sair correndo, fotografar, olhar do outro lado, comprar um chocolate quente (a única coisa que vende lá em cima – além de artesanato) e voltar para o ônibus. Ah, não tem banheiro lá em cima! Então, programe-se para fazer na parada da Estação de Esqui.
O
almoço foi em um restaurante nos pés da montanha bem simples, mas com uma
comida caseira muito saborosa. Pagamos 90 pesos por pessoa (algo em torno de R$
35) com salada, prato principal e sobremesa (à vontade), com bebidas à parte.
Puente del Inca |
Chegamos
ao hotel às 20 horas, ou seja, é um passeio de um dia inteiro, cansativo, mas
gostamos muito dos lugares que visitamos.
DICA:
se você não gosta de excursão, de ter que parar e esperar todo mundo, etc, etc,
é possível alugar um carro e fazer o mesmo trajeto.
Sempre
existem os pontos positivos e negativos, como tudo, mas o positivo seria fazer
seu percurso no seu tempo, parando onde e quando quiser. Já, o negativo, no meu
ponto de vista, é não saber ao certo os lugares de interesse e sua história.
Por mais que você tenha um guia, muita coisa passa batido quando estamos
sozinhos.
Talvez
uma opção bacana e “meio termo” seja contratar um tour particular. Tem um custo
um pouco mais elevado, mas pode ser mais indicado para quem prefere algo mais
personalizado.
À
noite ainda tínhamos uma reserva para jantar no restaurante Siete Cocinas,
próximo ao nosso hotel, e que darei as informações no post específico sobre os restaurantes que visitamos.
O Último Dia
E,
para encerrar nossa viagem, no último dia tínhamos solicitado ao hotel a
reserva do transporte para outras bodegas, dessa vez em Luján de Cuyo e, para
nossa surpresa, o carro não estava nos esperando.
Resolvemos
sair para alugar um carro (sorte que tinha uma Hertz perto do hotel e com um
carro disponível!) e pagamos 640 pesos (em torno de R$ 240) pela diária, com
quilometragem ilimitada e precisando devolver com o tanque de combustível cheio
(o que nos custou em torno de 40 pesos – R$ 15) já que não rodamos muito.
Essa
decisão acabou sendo muito boa, pois pudemos devolver o carro no outro dia,
direto no aeroporto (sem diferença de taxa).
Catena Zapata |
O
prédio em forma de pirâmide é um ícone e um caso de amor ou ódio. Ou você ama a
arquitetura ou simplesmente tente ignorar. Mas a localização é tão linda,
rodeada de vinhedos e cercada pela Cordilheira, que você nem liga muito para o
formato do prédio.
Barricas na Catena Zapata |
Queríamos almoçar na Ruca Malen, que tem um restaurante premiado e muito bem recomendado, mas nessa bodega não demos sorte. Não conseguimos nada sem reserva, nem mesmo entrar na loja para comprar.
Vinhedos na Septima |
Vou
comentar com mais detalhes no capítulo sobre os restaurantes, mas, apenas para
terem ideia, chegamos lá às 14h e às 16h ainda não tínhamos comido nosso prato
principal. Para resumir, fomos embora sem comer e não nos cobraram nada devido
à confusão e inconveniente.
Tentamos
passar em mais algumas vinícolas no caminho, mas, como era feriado (lembra da
Vendímia?!), todas fecharam às 16 horas. Resolvemos então voltar para o hotel
para arrumar nossas malas e, às 22h, tínhamos reserva para jantar no Francesco
Barbera.
Jantar no Francesco Barbera |
Claro
que gostaríamos de ter voltado no Francis Malmann, mas foi uma boa escolha para
encerrar uma viagem especial.
O retorno
No
dia seguinte teríamos o vôo das 10h30 para Buenos Aires.
Fui fazer o check-out no hotel e tentei pagar em dólar, mas não aceitaram. Então tive que passar o cartão de crédito mesmo.
Fui fazer o check-out no hotel e tentei pagar em dólar, mas não aceitaram. Então tive que passar o cartão de crédito mesmo.
DICA: se você não quiser usar o cartão
de crédito, leve pesos trocados para pagar o hotel e lembre-se de incluir o
imposto cobrado e eventuais gastos com frigobar.
No
aeroporto, devolvemos o carro sem problema e, como estava tudo fácil,
descobrimos duas coisas:
-
Que você pode despachar as caixas de vinho tranquilamente,
desde que estejam embaladas com aqueles plásticos de empacotar mala (foto ao lado). Se você tentar despachar sem embalar, vai ter que sair da fila e voltar depois com tudo embalado. Então a DICA é: embale tudo antes!
desde que estejam embaladas com aqueles plásticos de empacotar mala (foto ao lado). Se você tentar despachar sem embalar, vai ter que sair da fila e voltar depois com tudo embalado. Então a DICA é: embale tudo antes!
-
O vôo entre Brasil e Argentina é considerado regional, e não internacional, ou
seja, você só pode levar 20 quilos por bagagem e não 32 quilos, como nos vôos internacionais. Fique
atento!
Eu
tive que pagar excesso de bagagem, pois a minha estava com exatos 32 quilos (levamos
apenas uma mala para nós dois – e na ida estava bem vazia, pois colocamos
vinhos na volta). Essa brincadeira custou mais U$ 130 (dólares – o equivalente
à R$ 325).
Para
variar, nosso vôo atrasou e saímos às 11h. Encontramos meus pais no aeroporto
de Buenos Aires, almoçamos (a praça de alimentação do Aeroparque tem bastante
coisa. Nada muito saudável, mas é possível comer bem melhor que em Guarulhos) e
nosso vôo saiu às 16h45.
Chegamos
em Guarulhos sem problemas (por volta das 19h) e fomos pegar nosso carro no estacionamento que comentei no primeiro post. Tem uma van que pega os
passageiros logo na frente do desembarque e leva direto ao estacionamento.
Super tranquilo.
Ufa,
finalmente chegamos ao fim da nossa viagem! Espero que tenham gostado. Posso
dizer que, mesmo com tantos imprevistos, foi uma viagem super gostosa! Mendoza
chamou a atenção principalmente por suas ótimas opções gastronômicas.
Saímos
daqui focados especialmente em bodegas e degustações de vinhos, mas fomos
surpreendidos por bons restaurantes e passeios fora desse circuito, como o que
fizemos pela montanha.
É
possível ainda conhecer o centro histórico da cidade, fazer rafting e outros
tipos de aventuras, como a visita ao Parque Aconcágua, por exemplo.
Se
você quer comprar vinho, podemos dizer que não tem muita diferença de preço
entre comprar direto na vinícola ou em uma das inúmeras lojas de vinho da
cidade.
Para
ser sincera, o preço era o mesmo da maioria que comparamos. O que torna mais
prático comprar direto nas lojas da cidade, com uma variedade incrível de
marcas e safras, além de terem as caixas para viagem (precisa comprar).
Se
você for a alguma vinícola que tem uma safra muito especial que você queira,
não deixe para procurar na loja, pois pode ser que não ache. Mas, se quer fazer
um apanhado geral, pode comprar tranquilamente nas lojas.
E,
claro, sempre se lembrem de fazer as reservas prévias das bodegas e
restaurantes que querem conhecer, e tenham uma ótima viagem!
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