Um pouco da Toscana |
Olá
leitores, tudo bem?
Hoje
vou começar a falar sobre um dos países que mais me encantaram, virando um caso
de amor incondicional: ITÁLIA!
Como
muitos brasileiros, sou de uma família descendente de italianos. Os meus
bisavós paternos vieram da região do Vêneto e, desde pequena, ouvia meu avô
Mario alimentando o sonho de conhecer suas origens.
Infelizmente
não foi possível, mas realizei esse sonho por ele e tive a oportunidade de conhecer
um pouco melhor esse país que faz meu coração se encher de boas
recordações.
Começo
esse artigo com algumas informações interessantes e importantes para começar a
conhecer o país.
Degustação de vinhos em Montalcino |
A
Itália fica localizada no centro-sul da Europa e sua capital é Roma. É um país
muito importante tanto pela sua história quanto pela cultura. Berço do
Renascimento, também foi o lugar de nascimento de muitos artistas e
intelectuais que influenciaram a história mundial.
Andar pelas cidades italianas é reviver a história, a arte e a cultura. A cada esquina você se depara com esculturas esplêndidas, pinturas e até mesmo uma construção dos primórdios da humanidade. A arquitetura italiana é um espetáculo à parte!
Simplicidade e arquitetura que encantam |
Eu
acho extremamente fascinante descobrir tudo isso e encontrar um prédio do ano
de 1200, por exemplo. Volto na história e fico imaginando como tudo aconteceu e
a importância que teve para eu ser quem eu sou hoje. Imagine que nosso Brasil
nem tinha sido descoberto quando a maioria dessas obras espetaculares foi
criada!
É
super comum você encontrar uma pintura ou escultura de grandes nomes, como
Michelângelo, Leonardo da Vinci, Botticelli, Caravaggio, Rafael, dentre outros
tantos nomes de destaque. As esculturas têm vida e uma riqueza de detalhes que
te faz ficar muito tempo parado, só olhando. Mesmo que você não entenda nada de
arte, vai se surpreender!
O
país é dividido em regiões. Vou colocar entre parênteses a capital da região para
ajudar na identificação: TOSCANA (Florença), SARDENHA (Caligari), VÊNETO
(Veneza), EMÍLIA ROMANA (Bolonha), LÁZIO (Roma), CALÁBRIA (Catanzaro), LIGÚRIA
(Gênova), CAMPANIA (Nápoles), LOMBARDIA (Milão), PIEMONTE (Turim), ABRUZZO
(Áquila), BASILICATA (Potenza), FRIULI VENEZIA GIULIA (Triste), MARCHE (Ancona),
MOLISE (Campobasso), VALLE D’AOSTA (Aosta), SICÍLIA (Palermo), UMBRIA (Perugia),
TENTRINO (Trento) e PUGLIA (Bari).
Vou soltando os posts divididos pelas regiões que eu tive oportunidade de conhecer, assim não fica tão longo e deixamos mais prático para consultas.
A
culinária italiana é um capítulo à parte. Não é possível ir para esse país
espetacular e não voltar com alguns (sim, alguns!) quilos a mais.
Claro,
isso acontece se você for como eu, que adoro experimentar a culinária local e
conhecer novos restaurantes. Isso para mim é primordial em uma viagem!
Os
italianos fazem com que a refeição seja um momento especial, sem pressa,
apreciando cada prato, os sabores e sensações que cada ingrediente proporciona.
Tantos os pratos salgados quanto sobremesas, todos são de comer rezando. E os gelatos!!!?? Perfeitos! Mas prove os “artigianale”, que são os artesanais típicos.
Claro que você pode dar o “azar” de entrar em um restaurante não tão bom, mas podemos dizer que isso é bem difícil de acontecer.
E
prepare-se, pois o costume é comer vários pratos! A entrada - antipasti
(composto normalmente por frios, berinjela, pimentões e abobrinhas para comer
com pães deliciosos!), primeiro prato – primo piatto (geralmente uma
massa, risoto ou caldo), segundo prato – secondo (carne, ave ou peixe),
contorno (que seria o acompanhamento, normalmente uma verdura, legumes ou
salada).
Um pouco da culinária italiana |
Uma DICA importante é que o arroz vem separado da carne e legumes, por exemplo. Você precisa pedir vários pratos para comer tudo, como estamos acostumados aqui. Mas atenção: é bastante comida! E lembre-se que ainda tem a sobremesa – dolce, imperdível!
Os italianos acham um pouco estranho pedirmos apenas uma entrada e o primeiro prato, por exemplo, mas confesso que eu ficava mais que satisfeita, pois sempre queria uma sobremesa.
Assim
como os vinhos são categorizados por região, cada uma também tem seus pratos
típicos. Se você for para Florença, por exemplo, pode apreciar uma legítima
Bisteca Fiorentina. Ou o famoso Presunto de Parma, na região de Emilia Romana.
Sou
suspeita para falar dos vinhos, pois os italianos são meus favoritos! Mas você pode provar os “locais”, sem
preocupação, pois a grande maioria é de qualidade excepcional.
Se você também gosta de vinho, fazer o passeio pela rota dos vinhos na Toscana é obrigatório! Além das degustações divinas, a paisagem é de tirar o fôlego! Prepare-se para tirar muitas fotos. Mas atenção: aos domingos muitas das vinícolas (ou aziendas) fecham. Então se lembre de ligar antes perguntando se estará aberto, ou mude o dia do seu passeio.
Com
relação ao uso do celular e internet, na grande maioria dos hotéis, o
wifi é liberado, mas aconteceu de pegarmos mais de um que precisamos pagar, ou
que a internet não funcionava direito.
Um outro lado de Roma: Campo dei Fiori |
DICA: na minha
última viagem, em outubro de 2013, decidi comprar um chip pré-pago da Vodafone
(uma operadora que você encontra em praticamente cada esquina – mas existem
outras, como a Tim, por exemplo), que incluía ligações e internet. Foi a melhor
coisa que fiz. Não foi barato, gastei em torno de 60 euros. Mas o sinal 4G
funcionava maravilhosamente bem, usei muito e ainda sobrou crédito.
Lembrando
que, para isso, seu aparelho deve ser desbloqueado, caso contrário não é
possível trocar o chip da operadora. E tenha o seu passaporte com você, pois
vão precisar de uma cópia para liberar seu novo número.
Outro
detalhe que chama a atenção, é que os italianos também fazem a SESTA, ou
seja, o famoso cochilo que os espanhóis tiram após o almoço. Nesse horário a
maioria das lojas e estabelecimentos comerciais ficam fechados, e o horário
varia entre 12h30 e 16h. Mas não fique preocupado, pois tudo abre novamente
após as 16h (alguns abrem até antes) e funciona até por volta das 19h.
Bom,
passadas essas primeiras considerações, meu primeiro contato com o país foi em
2008, quando fiz um tour pela Europa com minha mãe e, um dos países visitados
era a Itália, mais precisamente Veneza, Verona e Milão. Confesso que minha
primeira impressão foi um pouco decepcionante. Pessoas gesticulando o tempo
todo e falando alto e rápido, como se estivessem sempre discutindo.
Após
ter passado por outros países mais tradicionais e reservados, como Holanda, Alemanha,
Áustria e Suíça, chegar à Itália sem conhecimento prévio do comportamento dos
nativos (depois descobri que a região de Napoli era muito pior!rsss) foi
chocante.
Logo
de cara presenciamos uma discussão entre nosso guia, um espanhol dos mais
esquentados, e os recepcionistas do hotel de Marghera (cidade que é usada como
base para aqueles que não querem se hospedar em Veneza). Se era uma discussão
eu não tenho certeza. Até hoje tenho minhas dúvidas. Talvez fosse apenas uma
conversa entre nativos de países calorosos, mas ficamos assustadas.
Como se não fosse o suficiente, depois presenciamos outra entre nosso guia (o mesmo espanhol enérgico!) em um posto de gasolina. Eu ainda era um pouco inexperiente com viagens. Apesar de já fazer pesquisas prévias dos lugares que visitaríamos, tinha um pouco de receio de me aventurar, arriscar, me perder e me achar depois.
Somando isso aos acontecimentos de tanta gritaria e gestos, acabei voltando de lá com uma percepção negativa do país. Para ser mais exata, voltei decepcionada mesmo. Não podia acreditar que aquela era a Itália da minha origem e que muitos falavam com tanta paixão!
Bem,
a vida foi passando e, anos depois (mais exatamente quatro anos), após assistir
dois filmes “românticos”, me pego sonhando com uma viagem de lua de mel pela
Itália. Mas agora seria diferente! Seria uma viagem de romance, apaixonada, sem
guia espanhol para me influenciar e muito mais preparada para esses
contratempos. E foi exatamente o que fizemos!
Meu
marido ainda não conhecia o país, o que seria melhor ainda, pois descobriríamos
juntos lugares extraordinários. Então planejei uma viagem pela Itália, de Veneza
à Costa Amalfitana, de carro, sem guia, sem pressa, com coragem e,
principalmente, com muito amor. Acho que foi isso que tornou a Itália tão
apaixonante e ideal, sob meu ponto de vista.
Quem
me ajudou nesse planejamento foi a equipe da Portofino Turismo, uma
agência de viagens de Indaiatuba/SP, e que sempre me atende de maneira muito
especial. Isso não é publicidade, é uma DICA
mesmo, pois confio no trabalho delas.
Mesmo pesquisando por minha conta, buscando novidades sempre que possível, não deixo de consultar a agência, não só por me passarem dicas boas, mas também para facilitar o planejamento. Elas têm muita experiência nos roteiros e conseguem deixar a viagem do jeito que eu gosto. Geralmente misturamos um tour já existente com outros dias “extra”, em que coloco em prática meu próprio roteiro. Ai elas organizam tudo, passagem, tour, hotel, aluguel de carro, transfer, enfim, todos os detalhes, e depois eu passo lá alguns dias antes da viagem para pegar meu voucher. Ai é só aguardar o dia do embarque e aproveitar!
Nessa
viagem descobri outro país, outra cultura. Aquele que eu tanto procurava! Conheci
pessoas educadas, generosas... Mas também me deparei com aqueles mesmos que
gesticulam, gritam e te assustam, em Nápole, que para mim continua sendo um
lugar assustador e dificílimo de percorrer de carro (mas com uma pizza
deliciosa!!).
Ah,
a Itália! País delicioso, arrebatador! Até pouco tempo não sabia explicar o que
sentia por esse lugar. Algo intenso, bom, familiar... Eis que me peguei lendo
um livro da Martha Medeiros, chamado “Um
lugar na janela”, e ela conseguiu definir exatamente meu sentimento quando
estou na Itália: “(...) era como se eu
estivesse de volta à minha casa (...)”.
E, ainda me identificando com Martha, ela cita o escritor Gustave Flaubert, o famoso escritor francês de “Madame Bovary”, que sabiamente disse que “a nacionalidade de uma pessoa não deveria ser estabelecida por sua cidade de nascimento, e sim pelos locais pelos quais a pessoa se sentia atraída”.
Itália,
minha casa! A escolha que me levou a voltar para alguns dos mesmos lugares por três
vezes em um único ano. Um pouco devido às peripécias do destino. Um pouco por
um empurrãozinho de alguém que adoraria voltar para “casa”.
Minha
última visita ao país foi na companhia dos meus pais, somente nós três, o que
contribuiu ainda mais para tornar meu fascínio por cada um dos lugares
visitados ainda maior. Como foi especial e inesquecível!
Malcesine, no Lago de Garda: uma nova e surpreendente descoberta |
E
é assim que começo uma série de posts sobre esse país encantador.
Essa
foi apenas uma introdução, para tentar despertar em vocês o encantamento que me
envolve quando se trata dessa região da Europa.
Espero
que vocês gostem e que ajude na escolha do seu próximo destino.
A
partir da semana que vem começo a escrever sobre algumas regiões e suas
particularidades.
Uma
ótima semana e até o próximo destino!
Melissa
P Têmpesta
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