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domingo, 11 de maio de 2014

Diário de uma Viajante: Itália

Um pouco da Toscana
Olá leitores, tudo bem?

Hoje vou começar a falar sobre um dos países que mais me encantaram, virando um caso de amor incondicional: ITÁLIA!

Como muitos brasileiros, sou de uma família descendente de italianos. Os meus bisavós paternos vieram da região do Vêneto e, desde pequena, ouvia meu avô Mario alimentando o sonho de conhecer suas origens.

Infelizmente não foi possível, mas realizei esse sonho por ele e tive a oportunidade de conhecer um pouco melhor esse país que faz meu coração se encher de boas recordações.  

Começo esse artigo com algumas informações interessantes e importantes para começar a conhecer o país.
Degustação de vinhos em Montalcino
A Itália fica localizada no centro-sul da Europa e sua capital é Roma. É um país muito importante tanto pela sua história quanto pela cultura. Berço do Renascimento, também foi o lugar de nascimento de muitos artistas e intelectuais que influenciaram a história mundial.

Andar pelas cidades italianas é reviver a história, a arte e a cultura. A cada esquina você se depara com esculturas esplêndidas, pinturas e até mesmo uma construção dos primórdios da humanidade. A arquitetura italiana é um espetáculo à parte!

Simplicidade e arquitetura que encantam
Eu acho extremamente fascinante descobrir tudo isso e encontrar um prédio do ano de 1200, por exemplo. Volto na história e fico imaginando como tudo aconteceu e a importância que teve para eu ser quem eu sou hoje. Imagine que nosso Brasil nem tinha sido descoberto quando a maioria dessas obras espetaculares foi criada!

É super comum você encontrar uma pintura ou escultura de grandes nomes, como Michelângelo, Leonardo da Vinci, Botticelli, Caravaggio, Rafael, dentre outros tantos nomes de destaque. As esculturas têm vida e uma riqueza de detalhes que te faz ficar muito tempo parado, só olhando. Mesmo que você não entenda nada de arte, vai se surpreender!

O país é dividido em regiões. Vou colocar entre parênteses a capital da região para ajudar na identificação: TOSCANA (Florença), SARDENHA (Caligari), VÊNETO (Veneza), EMÍLIA ROMANA (Bolonha), LÁZIO (Roma), CALÁBRIA (Catanzaro), LIGÚRIA (Gênova), CAMPANIA (Nápoles), LOMBARDIA (Milão), PIEMONTE (Turim), ABRUZZO (Áquila), BASILICATA (Potenza), FRIULI VENEZIA GIULIA (Triste), MARCHE (Ancona), MOLISE (Campobasso), VALLE D’AOSTA (Aosta), SICÍLIA (Palermo), UMBRIA (Perugia), TENTRINO (Trento) e PUGLIA (Bari).


Vou soltando os posts divididos pelas regiões que eu tive oportunidade de conhecer, assim não fica tão longo e deixamos mais prático para consultas.

A culinária italiana é um capítulo à parte. Não é possível ir para esse país espetacular e não voltar com alguns (sim, alguns!) quilos a mais.

Claro, isso acontece se você for como eu, que adoro experimentar a culinária local e conhecer novos restaurantes. Isso para mim é primordial em uma viagem!

Os italianos fazem com que a refeição seja um momento especial, sem pressa, apreciando cada prato, os sabores e sensações que cada ingrediente proporciona.

Tantos os pratos salgados quanto sobremesas, todos são de comer rezando. E os gelatos!!!?? Perfeitos! Mas prove os “artigianale”, que são os artesanais típicos.

Claro que você pode dar o “azar” de entrar em um restaurante não tão bom, mas podemos dizer que isso é bem difícil de acontecer.

E prepare-se, pois o costume é comer vários pratos! A entrada - antipasti (composto normalmente por frios, berinjela, pimentões e abobrinhas para comer com pães deliciosos!), primeiro prato – primo piatto (geralmente uma massa, risoto ou caldo), segundo prato – secondo (carne, ave ou peixe), contorno (que seria o acompanhamento, normalmente uma verdura, legumes ou salada). 
Um pouco da culinária  italiana

Uma DICA importante é que o arroz vem separado da carne e legumes, por exemplo. Você precisa pedir vários pratos para comer tudo, como estamos acostumados aqui. Mas atenção: é bastante comida! E lembre-se que ainda tem a sobremesa – dolce, imperdível!

Os italianos acham um pouco estranho pedirmos apenas uma entrada e o primeiro prato, por exemplo, mas confesso que eu ficava mais que satisfeita, pois sempre queria uma sobremesa.

Assim como os vinhos são categorizados por região, cada uma também tem seus pratos típicos. Se você for para Florença, por exemplo, pode apreciar uma legítima Bisteca Fiorentina. Ou o famoso Presunto de Parma, na região de Emilia Romana.

Sou suspeita para falar dos vinhos, pois os italianos são meus favoritos!  Mas você pode provar os “locais”, sem preocupação, pois a grande maioria é de qualidade excepcional.

Se você também gosta de vinho, fazer o passeio pela rota dos vinhos na Toscana é obrigatório! Além das degustações divinas, a paisagem é de tirar o fôlego! Prepare-se para tirar muitas fotos. Mas atenção: aos domingos muitas das vinícolas (ou aziendas) fecham. Então se lembre de ligar antes perguntando se estará aberto, ou mude o dia do seu passeio.

Com relação ao uso do celular e internet, na grande maioria dos hotéis, o wifi é liberado, mas aconteceu de pegarmos mais de um que precisamos pagar, ou que a internet não funcionava direito.

Um outro lado de Roma: Campo dei Fiori
DICA: na minha última viagem, em outubro de 2013, decidi comprar um chip pré-pago da Vodafone (uma operadora que você encontra em praticamente cada esquina – mas existem outras, como a Tim, por exemplo), que incluía ligações e internet. Foi a melhor coisa que fiz. Não foi barato, gastei em torno de 60 euros. Mas o sinal 4G funcionava maravilhosamente bem, usei muito e ainda sobrou crédito.

Lembrando que, para isso, seu aparelho deve ser desbloqueado, caso contrário não é possível trocar o chip da operadora. E tenha o seu passaporte com você, pois vão precisar de uma cópia para liberar seu novo número.

Outro detalhe que chama a atenção, é que os italianos também fazem a SESTA, ou seja, o famoso cochilo que os espanhóis tiram após o almoço. Nesse horário a maioria das lojas e estabelecimentos comerciais ficam fechados, e o horário varia entre 12h30 e 16h. Mas não fique preocupado, pois tudo abre novamente após as 16h (alguns abrem até antes) e funciona até por volta das 19h.

Bom, passadas essas primeiras considerações, meu primeiro contato com o país foi em 2008, quando fiz um tour pela Europa com minha mãe e, um dos países visitados era a Itália, mais precisamente Veneza, Verona e Milão. Confesso que minha primeira impressão foi um pouco decepcionante. Pessoas gesticulando o tempo todo e falando alto e rápido, como se estivessem sempre discutindo.

Após ter passado por outros países mais tradicionais e reservados, como Holanda, Alemanha, Áustria e Suíça, chegar à Itália sem conhecimento prévio do comportamento dos nativos (depois descobri que a região de Napoli era muito pior!rsss) foi chocante.

Logo de cara presenciamos uma discussão entre nosso guia, um espanhol dos mais esquentados, e os recepcionistas do hotel de Marghera (cidade que é usada como base para aqueles que não querem se hospedar em Veneza). Se era uma discussão eu não tenho certeza. Até hoje tenho minhas dúvidas. Talvez fosse apenas uma conversa entre nativos de países calorosos, mas ficamos assustadas.

Como se não fosse o suficiente, depois presenciamos outra entre nosso guia (o mesmo espanhol enérgico!) em um posto de gasolina. Eu ainda era um pouco inexperiente com viagens. Apesar de já fazer pesquisas prévias dos lugares que visitaríamos, tinha um pouco de receio de me aventurar, arriscar, me perder e me achar depois.

Somando isso aos acontecimentos de tanta gritaria e gestos, acabei voltando de lá com uma percepção negativa do país. Para ser mais exata, voltei decepcionada mesmo. Não podia acreditar que aquela era a Itália da minha origem e que muitos falavam com tanta paixão!
 
Um pouco de Florença e região
Bem, a vida foi passando e, anos depois (mais exatamente quatro anos), após assistir dois filmes “românticos”, me pego sonhando com uma viagem de lua de mel pela Itália. Mas agora seria diferente! Seria uma viagem de romance, apaixonada, sem guia espanhol para me influenciar e muito mais preparada para esses contratempos. E foi exatamente o que fizemos!

Meu marido ainda não conhecia o país, o que seria melhor ainda, pois descobriríamos juntos lugares extraordinários. Então planejei uma viagem pela Itália, de Veneza à Costa Amalfitana, de carro, sem guia, sem pressa, com coragem e, principalmente, com muito amor. Acho que foi isso que tornou a Itália tão apaixonante e ideal, sob meu ponto de vista.

Quem me ajudou nesse planejamento foi a equipe da Portofino Turismo, uma agência de viagens de Indaiatuba/SP, e que sempre me atende de maneira muito especial. Isso não é publicidade, é uma DICA mesmo, pois confio no trabalho delas. 

Mesmo pesquisando por minha conta, buscando novidades sempre que possível, não deixo de consultar a agência, não só por me passarem dicas boas, mas também para facilitar o planejamento. Elas têm muita experiência nos roteiros e conseguem deixar a viagem do jeito que eu gosto. Geralmente misturamos um tour já existente com outros dias “extra”, em que coloco em prática meu próprio roteiro. Ai elas organizam tudo, passagem, tour, hotel, aluguel de carro, transfer, enfim, todos os detalhes, e depois eu passo lá alguns dias antes da viagem para pegar meu voucher. Ai é só aguardar o dia do embarque e aproveitar!
 
Não só de vinho vivem os italianos:
 o famoso (e gostoso!) SPRITZ!
Nessa viagem descobri outro país, outra cultura. Aquele que eu tanto procurava! Conheci pessoas educadas, generosas... Mas também me deparei com aqueles mesmos que gesticulam, gritam e te assustam, em Nápole, que para mim continua sendo um lugar assustador e dificílimo de percorrer de carro (mas com uma pizza deliciosa!!).

Ah, a Itália! País delicioso, arrebatador! Até pouco tempo não sabia explicar o que sentia por esse lugar. Algo intenso, bom, familiar... Eis que me peguei lendo um livro da Martha Medeiros, chamado “Um lugar na janela”, e ela conseguiu definir exatamente meu sentimento quando estou na Itália: “(...) era como se eu estivesse de volta à minha casa (...)”

E, ainda me identificando com Martha, ela cita o escritor Gustave Flaubert, o famoso escritor francês de “Madame Bovary”, que sabiamente disse que “a nacionalidade de uma pessoa não deveria ser estabelecida por sua cidade de nascimento, e sim pelos locais pelos quais a pessoa se sentia atraída”.

Itália, minha casa! A escolha que me levou a voltar para alguns dos mesmos lugares por três vezes em um único ano. Um pouco devido às peripécias do destino. Um pouco por um empurrãozinho de alguém que adoraria voltar para “casa”.

Minha última visita ao país foi na companhia dos meus pais, somente nós três, o que contribuiu ainda mais para tornar meu fascínio por cada um dos lugares visitados ainda maior. Como foi especial e inesquecível!

Malcesine, no Lago de Garda: uma
 nova e surpreendente descoberta
E é assim que começo uma série de posts sobre esse país encantador.
Essa foi apenas uma introdução, para tentar despertar em vocês o encantamento que me envolve quando se trata dessa região da Europa.

Espero que vocês gostem e que ajude na escolha do seu próximo destino.
A partir da semana que vem começo a escrever sobre algumas regiões e suas particularidades.
Uma ótima semana e até o próximo destino!

Melissa P Têmpesta





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