Este é um alerta para quem está pensando
em adquirir um aquecedor a gás. A PROTESTE Associação de Consumidores voltou a
testar este produto e os problemas de segurança que haviam melhorado nos testes
publicados em 2009 e 2011 voltaram. Desta vez, 40% dos dez aparelhos testados
foram eliminados por levarem riscos para as casas. Os aparelhos tinham selos de
certificação de qualidade do Inmetro.
É preciso ficar atento ao comprar o
produto, para não levar perigo para dentro de casa. Três deles a gás natural e
um a GLP foram eliminados por falhas na segurança. Dois aquecedores a gás
natural foram eliminados por liberarem concentrações de monóxido de carbono
acima do aceitável colocando em risco a segurança.
O modelo da Rinnai liberou uma
concentração de monóxido de carbono 52% acima do permitido dentro do local onde
o aquecedor estava sendo usado. O problema é que o gás não se mantém no tubo
para a chaminé: ele é liberado no ambiente, podendo levar, em casos mais
extremos, à morte por asfixia.
O aquecedor Orbis (GN) extrapolou em
mais de 60% o limite estabelecido como seguro para a concentração de monóxido
de carbono que é liberada no ambiente pela chaminé do aparelho. Há risco de o
gás entrar no ambiente onde o aquecedor estiver sendo usado, se houver alguma
falha na instalação.
Outros dois aparelhos, o Rinnai GLP e o
Lorenzetti a gás natural foram eliminados por apresentar alta temperatura externa,
podendo provocar queimaduras nos usuários.
A parte externa do aparelho da Rinnai
GLP atingiu quase 53ºC após 15 minutos de uso na potência máxima, podendo
queimar quem encoste no aparelho. O Lorenzetti a gás natural apresentou
diversos problemas com as chamas piloto e do queimador, que chegaram,
inclusive, a apagar quando foram simuladas rajadas fortes de vento.
Apesar de todos os produtos apresentarem
um dispositivo que bloqueia a saída de gás quando não há chama, evitando o
vazamento, não há garantia que esse dispositivo seja infalível.
A PROTESTE não quer que aparelhos
perigosos continuem à venda. Com o intuito de evitar novas tragédias,
encaminhou os resultados do teste ao Inmetro e ao Ipem, para que cobrem
providências urgentes dos fabricantes. Também denunciou os responsáveis ao
Ministério Público, para que os aparelhos com problemas sejam retirados do
mercado.
No teste foram avaliados o rendimento, a
segurança, a facilidade de uso e as instruções de dez aquecedores, sendo cinco
alimentados por GLP e outros cinco por gás natural.
Para avaliar a segurança foram
verificados se havia
vazamento de gás, a concentração de monóxido de carbono, a temperatura do corpo
do produto, a estabilidade da chama e a temperatura de saída da água.
Apesar dos problemas encontrados, há
produtos seguros no mercado tanto para gás natural como GLP. O Komeco KO151BFGN1
a gás natural e o Komeco KO15F1BFLP1, e o Orbis 315HFBE alimentados
por GLP foram os que apresentaram os melhores resultados.
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